sábado, 18 de maio de 2013

O uso da chupeta em bebês

Até que enfim vou poder mamar numa borrachinha que não sai leite! Minha mamãe chama de pepeta. Adoro sugar, isso inclui o tetê, meus dedinhos e agora a pepeta! Tinha vezes que  queria continuar ali, mamando na mamãe, só que já estava com a barriguinha cheia e ficava meio brava porque não parava de sair comida! Soltava o tetê, dava um gritinho pra ver se funcionava e pegava o tetê de novo, mas ainda continuava saindo, tentava apertar com a mãozinha, beliscar, dar umas batidinhas, mas ainda assim estava lá, cheio de leite...
Ainda por cima passava mal e vomitava o que estava demais. Um dia, a mamãe tinha tanto leite no tetê que até esguichou em mim! Foi leitinho para tudo quanto é lado, no olho, nariz, testa e a mamãe rindo de mim pois eu estava tentando pegar o leitinho no ar. Rssss. Ela chamou de tetê doido! Acho engraçado esses nomes que ela dá... rssss
 Eu reclamava e chorava de vontade de sugar, mas estava cheia, até que com um pouco mais de um mês de vida, o papai trouxe uma pepeta cor de rosa, linda!
A mamãe colocou na minha boquinha e achei estranho no começo com o formato que não era tão macio e confortável quanto o tetê, mas logo na segunda vez que ela me deu eu entendi que não saia leite e que podia sugar, sugar, sugar.... Ai que delícia! Era isso mesmo que eu queria!
Depois de chorar bastante minha mamãe me entendeu. Até hoje eu me acalmo bastante com a minha pepeta  e consigo nanar bem tranquila com ela e segurando minha naninha.
  
Nota da mamãe:

Eu era contrária ao uso da chupeta. Sim, no passado mesmo, ERA.

Como psicóloga, sei que a fase oral (de 0 a 1 ano e meio mais ou menos) se caracteriza pela satisfação e frustração na região da boca e independe da fome. Além de alimentar, o bebê aprende que morder, sugar, mastigar, lamber, engolir e cuspir, tem função de promover o prazer. Esta fase serve como base para a construção da personalidade de cada um, e tanto a falta quanto o excesso causam algumas tendências, como ansiedade, pessimismo, dificuldade em aceitar frustrações.
Como mãe, eu não sabia mais o que fazer porque a Gigi exigia muito o seio e percebi que não estava suficiente para suprir o desejo de sugar, mesmo eu amamentando em livre demanda, ela sempre ficou muito grudada no peito e vomitando sempre que terminava, ficando claro que era mais do que o que ela precisava como alimento.

Até que li um livro que explicava que o uso da chupeta era recomendado para 2 casos de crianças:
  • as que nasciam com alguma deficiência na musculatura da boca ou da língua ou na cavidade oral que precisavam fortalecer como se fosse uma fisioterapia;
  • e outras que na maioria dos casos eram meninas nascidas com peso normal ou elevado (a Gigi nasceu com peso ótimo - 3.590kg - com 40 semanas e 3 dias) e que sentem necessidade de sugar o tempo todo e depois vomitam. A curva de ganho de peso é acima do normal também.
Então me rendi e não é que funcionou? A Gigi se encaixa exatamente neste segundo caso de recomendação de chupeta. Como para mim fez muito sentido com as características que a Gigi nasceu e a necessidade de sucção, que resolvi testar. Ela fica bem mais calma e já não vomita tanto leite, pois mama apenas até saciar.

Procuramos uma marca boa (Avent - Phillips) e com bico ortodôntico para bebês de 0 a 6 meses. O bom desta marca é que não tem um lado específico, pode ser colocada na boca do bebê dos dois lados.

Tenho consciência de tudo isso e faço o máximo para seguir meus instintos e sempre fazer o melhor que eu posso.
O que as mamães acham do uso da chupeta? Mocinha ou vilã?

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