quarta-feira, 11 de maio de 2016

9 passos para acabar com a birra

Quem nunca passou por uma situação dessas que atire a primeira pedra....



As crianças de 2/ 3 anos estão testando o mundo e os pais. Mas não é de todo negativo. Vamos pensar que elas estão começando a entender que é uma pessoa separada da mãe e que tem vontade própria, e vai testar qual é o seu poder de persuasão.

O site http://www.antroposofy.com.br/ explica em detalhes o que acontece no psiquismo da criança:
"Porque seu filho necessita dessa permissão para dizer “não” e de ter seus sentimentos aceitos, é importante deixar que isso ocorra tão frequentemente quanto possível – em outras palavras, escolha suas batalhas, e guarde os “nãos” apenas para questões muito importantes. Além disso, existem muitas áreas da vida em que somos mais experientes e mais sábios, e temos que dizer não por razões práticas ou de segurança. Nesses momentos, ajuda a entender o que acontecerá em seguida: provavelmente ele vai ficar aborrecido e começar a chorar. Isso é um comportamento normal para uma criança diante de uma grande decepção. Ele não cresceu o suficiente para entender porque ele não pode correr para a estrada, ou comer o pacote de doces no supermercado, ou brincar com objetos perigosos. Ele só sente como é receber um “não” por algo que realmente quer fazer."
Então, lá estava eu com minha filha de 3 anos no shopping (essa é clássica!) que já estava cansadinha e queria porque queria uma boneca. E eu até que tentei explicar porque não ia comprar aquela boneca (nem vou me justificar aqui, mas não ia comprar brinquedos aquele dia). Mas ela não estava a fim de conversa aquele dia, e abriu o berreiro e como não bastasse, aproveitou que já estava ali e se jogou no chão. Confesso que fico constrangida mais pelos olhares tortos que recebo do que pela situação. E segui um ritual que ajudou muito a acalmá-la e pudemos sair do shopping até sorrindo depois. 

As coisas que aprendi sobre conter uma birra foram...
  1. Primeiro você precisa manter a calma a qualquer custo! Por mais difícil que seja, fique calma e transmita calma.
  2. Espere que ela se acalme e não se sinta envergonhada mesmo se estiverem em um lugar público lotado de pessoas. 
  3. Acolha, converse e valide a criança sobre a raiva dela.
  4. Explique o porquê o desejo dela não pode ser realizado naquele momento. Ex. Não vou comprar este chocolate porque em casa já temos aquele outro que você gosta./ Não vamos comprar este brinquedo hoje, pois combinamos que você já ganharia aquele outro no seu aniversário, lembra? Assim que dermos alguns brinquedos para outras crianças, podemos escolher outro para você (foi esse o caso naquele dia!).
  5. NUNCA volte atrás no não, mesmo que o escândalo seja grande. A criança é mais esperta do que a gente imagina e aprenderá que sempre que fizer desse jeito, você vai acabar cedendo e as birras só ficarão maiores.
  6. SEMPRE trate a birra como algo sério para a criança e não deboche daquele comportamento.
  7. Tire a atenção da criança daquilo que causou a birra e distraia com outro assunto, após ela se acalmar um pouco e aceitar seu abraço ou colo.
  8. Depois da situação controlada, agradeça por ela entender, abrace e dê um beijo e peça o mesmo para ela.
  9. Se ela já entendeu que você vai ceder em algum momento, vale a pena conversar (antes de acontecer a próxima birra) que você fará diferente daquele dia em diante e que gostaria que ela colaborasse para que vocês fiquem mais tranquilos.


Sempre que acontece uma birra (sim, elas vão acontecer algumas vezes), eu sigo esses passos e a situação se acalma cada vez em menos tempo. 
Isso é o que eu faço, claro que não existe um único jeito, mas espero ter colaborado para que dê o primeiro passo.

Vamos trocar experiências? Alguém reage de outro jeito e funciona?

quinta-feira, 24 de março de 2016

Por que tiramos a espontaneidade de nossas vidas?

De acordo com o dicionário, espontaneidade significa "qualidade de quem é espontâneo; facilidade com que alguma coisa se produz; aquiescência, condes­­cendência natural; naturalidade, singeleza".
Diante disto, pensaremos nas crianças antes de serem tolhidas. As crianças são a imagem da espontaneidade, verdade, vida, riso, alegria, instinto, imaginação, fantasia, liberdade, confiança, vivacidade, energia, dúvidas, respostas, entre tantas outras características inatas que poderiam ser citadas.
Faz parte da vida que as crianças sejam educadas e a elas mostradas o que é certo ou errado, e deveria de fato ser assim em todos os âmbitos, cultivando a ética, mas sem entrar nesse mérito no momento, o que gostaria de destacar é que muitas vezes para se educar, os adultos usam mais do que um apontamento do que se deve ou não fazer e em qual momento. Por acreditar que a criança não necessita de uma explicação do que está sendo ensinado, o adulto limita-se a dizer que não deve, não quer, não aceita.
A criança é capaz de perceber quando é entendida e considerada, e à medida que isso acontece adota aquele aprendizado como algo especial a ser levado em conta, encontrando no adulto a segurança que necessita para crescer firme e ao mesmo tempo respeitando a si mesmo e ao próximo.

Um exemplo: Quando a criança chora porque o adulto não deixou ela ir a uma festa porque este tinha outro compromisso e não poderia levar ou buscar, o comum é simplesmente dizer que a criança não vai e pronto, quando deveria se dizer que entende que a criança está triste por não poder ir, mas que naquele momento não tem o que fazer pois não poderia ir levá-la ou buscá-la.

Quando crianças ouvimos várias frases que ficam sem sentido: "Pára de chorar", "Meninos não choram", "Não pode rir alto", "Porque está rindo tanto, parece bobo", "Que coisa feia ficar emburrado", "Não corra", "Não pule", "Não cante", "Não dance", "Senta direito"....
Validar a criança desse sentimento que ela está percebendo em si é uma maneira de demonstrar amor e limite ao mesmo tempo, fazendo com que ela aprenda de uma forma muito mais suave que nem sempre pode-se ter tudo o que se quer na hora que se quer e apesar de ser um momento de frustração, o amor permanece, pois o adulto compreende e autoriza o que ela está sentindo, mesmo não podendo suprir de imediato a solicitação da criança. Perceber o outro, independente de sua idade, denota amor e respeito, o que faz com que as perdas da vida sejam muito mais suaves.
Quando há um acúmulo de frustrações e perdas sem sentido para a criança, na medida em que vão se acumulando, perde-se a espontaneidade e a alegria  já que a criança começa a acreditar que nada pode, nada consegue e passa a ter um sentimento de tristeza e derrota, tornando-se no futuro, um adulto insensível, fechado às emoções com menos graça e leveza.
Colocação de limite sem amor obstrui e calcifica sentimentos genuínos, reprimindo-os. Amor sem colocação limite é sentido como falta de amor, descaso e incompreensão.
Saber dar limite com amor é o segredo para educar de maneira satisfatória para que a criança compreenda quando o limite está sendo dado porque realmente não pode.

E afinal, o que tudo isso tem a ver com espontaneidade? 

Na verdade, tudo!

Nos adultos, a espontaneidade serve para termos uma vida mais leve, com menos sisudez e ao mesmo tempo com a responsabilidade que nos são exigidas. Os trabalhos voluntários ou involuntários e necessários poderiam se tornar mais prazerosos se colocarmos o sentimento junto, isso acontece quando fazemos algo por inteiro, sem ansiedade, sem cobrança de sermos todo-poderosos. Fazer uma tarefa e estar nela integralmente e lembrar de outra apenas quando acabar a primeira. Algumas vezes isso é utópico, mas colocando prioridades na lista de tarefas e fazendo uma a uma sem se preocupar com a próxima é a maneira mais gratificante de não sentir ansiedade e deixar com que as coisas aconteçam de forma natural. A graciosidade e harmonia virão espontaneamente.

segunda-feira, 21 de março de 2016

21 de Março - Dia Internacional da Síndrome de Down

Em homenagem à todas as famílias que tem o privilégio de cuidar e educar um filho com síndrome de Down, queria escrever um pouco do ponto de vista das mães e percebi que existe um vasto material sobre o que é a Síndrome, as comorbidades de saúde que podem se apresentar, os cuidados, estímulos, direitos, o que esperar do bebê com SD, a fala, o cognitivo, educação inclusiva, enfim... Um arsenal de coisas práticas e apoio à criança com a síndrome, mas quase nada sobre como a família se sente, como ajudar os pais, onde ir para a mãe e o pai poderem trocar experiências e angústias de serem pais de alguém com Síndrome de Down.

Li alguns relatos referente à angústia, o choque de ouvir que seu filho que ainda nem nasceu terá SD, o desespero, o choro, a rejeição (mesmo que seja velada, ela existe e pode SIM ser trabalhada), tristeza, incerteza, e também as conquistas, as alegrias, a força que vem sei-lá-de-onde, coragem, altruísmo, e os mesmos momentos de toda mulher que se torna mãe ... e onde esses pais recorrem?

Em meio a esta pesquisa, achei um blog lindo que conta o dia a dia de uma mãe com uma filha com SD: https://nossavidacomalice.wordpress.com/ (aguardando aprovação da autora do blog para manter a divulgação deste endereço).

Estou abrindo espaço, ainda que restrito, ainda que alcance pouquíssimas pessoas, mas é um espaço.  Quem quiser colaborar com comentários e depoimentos, serão bem vindos!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Não quero verde, mamãe!

Toda mãe já passou ou ainda vai passar por isso... A fase que eles não querem comer nada! 


Não quer verde, não quer laranja, não quer vermelho, não pode ser legumes, nem frutas, verduras.... Aí lá vai a gente pra não deixá-los com fome, inventar coisas!


Como fazer coisas saudáveis com cara de tranqueiras.?!?! Pensei, pensei, e pesquisei... A última da casa é a panqueca. Consegui! Faço cor-de-rosa (camuflagem da beterraba), laranja (camuflagem da cenoura), e tem a do Shrek (verde de espinafre)....



Não! Não basta ser redondinha, eu tentei mas não foi atrativa o suficiente, aí vendo uns vídeos no youtube aprendi a fazer uns desenhos, aí foi!!!!! Ufaaa....


Quem tem receitinhas pra compartilhar pra essas fases difíceis dos 3 anos?

quinta-feira, 10 de março de 2016

Tudo novo!

Reativei o blog!
Em 2013 criei este blog para minha filha Gigi, então antes ele se chamava "As aventuras de Gigi", mas agora com um projeto mais amadurecido, resolvi manter as publicações antigas, até porque o tema ainda é o mesmo: As aventuras da maternidade, mas com outro foco, AS MAMÃES!

Se antes eu escrevia como a Gigi entenderia as situações, agora eu mesma tomo as rédeas da vida e do blog e escrevo como uma mãe que passou por tudo que a maternidade pode trazer, dores e delícias e um novo recomeço. 

Por isso não quis criar outro blog, este é uma continuidade de tudo que vivi, e não vou deixar pra trás, ainda faz parte, só que diferente, Tudo novo!!!!

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